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RH é trabalho de mulher, sim. Assim como qualquer outro trabalho também é. Afinal, trabalho de mulher é aquele que ela quiser!
O imaginário popular, talvez até inconscientemente, associa o Departamento de Recursos Humanos às mulheres de forma automática e acha que RH é trabalho de mulher.
Você deve pensar que ele está, em todas as empresas, tomado pelo gênero feminino e está certo. De acordo com dados da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RS), 66% dos postos do Departamento de Recursos Humanos são ocupados por mulheres.
Mas afinal de contas, RH é trabalho de mulher?
Se você pensa que RH é trabalho de mulher, provavelmente dirá que pensa isso porque mulheres têm habilidades emocionais que homens não têm. Você acertou! As “habilidades emocionais” são, na verdade, inteligência emocional.
Um estudo divulgado pelo Korn Ferry Hay Group em 2016 apontou que as mulheres têm mais autoconhecimento emocional e são mais competentes quando o assunto é coaching, mentoria, capacidade de influência, capacidade de empatia, liderança inspiradora, gestão de conflito, entendimento organizacional, adaptabilidade, trabalho em equipe e orientação para o resultado.
Segundo este mesmo estudo, mulheres também são mais otimistas.
Esqueça a “habilidade do multitarefa”, pois não é verdade.
Alguns estudos realizados sobre o tema apontam resultados contraditórios. Portanto, não é possível concluir nada sobre este aspecto. Então, o RH é trabalho de mulher, sim (como qualquer outro setor também é).
Mulheres são maioria, não só no RH
Elas são maioria nas universidades brasileiras: 55% dos estudantes de graduação no país são mulheres.
Segundo o INEP, o Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa Educacional Anísio Teixeira, entre todos os acadêmicos que chegam à graduação, as mulheres são 60%.
Não só o RH é trabalho de mulher: a massa trabalhadora brasileira também tem sua maior parte composta pelo gênero feminino. De todos os postos de trabalho do país, 58,5% são ocupados por elas.
Entretanto, isso chega a ser um pouco óbvio se pensarmos que a maioria da população brasileira é feminina.
Segundo dados do último censo realizado pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 51,5% da população é integrada por mulheres enquanto 48,5% são homens.
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Longe dos cargos de liderança
Outro dado desta mesma natureza que é, no mínimo, curioso é que a maioria dos postos de trabalho ocupados por mulheres sejam cargos subordinados. Só 2,6% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.
Quando ocupam cargos de chefia, recebem só 74,5% do que os homens costumam ganhar ao ocupar os mesmos cargos.
Um país de desempregadas
Entre os desempregados, mulheres também são maioria: elas totalizam 9,6% enquanto os homens sem ocupação profissional somam 6,6%.
15º país com salários mais desiguais entre os gêneros
Segundo o Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2016 do Fórum Econômico Mundial, no ranking de igualdade de salários, o Brasil ocupa a 129ª posição entre 144 países avaliados. No índice global de disparidade de gênero, entre 144 países avaliados, somos o colocado nº 79.
Por tudo isso, é preciso repensar o papel da profissional mulher dentro das corporações. Saber que o RH é trabalho de mulher sim.
Mas, muito além disso: os profissionais do RH devem assumir seu papel cidadão de potencializar o crescimento das mulheres dentro das empresas e isso engloba conscientizar diretores e gestores sobre a importância social de se criar essa percepção.
Apenas desta forma, esses índices de desigualdade serão reduzidos e elas irão ocupar, cada vez mais, cargos e espaços considerados “masculinos”.
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